Change Any Time

Disseram-me ontem que já existiu um processo onde um determinado terráqueo exigia um pedaço da lua, pois, como descobriram o local, e como ele faz parte da espécie humana tinha direito por uma quantidade em m² do galão de leite branco, como diria Fernando Pessoa. HAHA!
Hoje começamos na escola um trabalho contra o Bullying, a idéia foi imposta, mas ultrapassamos o que era esperado. Além de um simples cartaz explicativo, espalhamos por todos os pontos importantes da escola cartazes com frases do tipo: "Preconceito é opinião sem conhecimento" "Respeito é sinal de Inteligência" e coisas do tipo. Eu realmente não acredito que vá fazer muita diferença, mas como sou idealista em alguns sentidos, espero que mude a forma de pelo menos 10 pessoas, e isso será legal.
Mas isso não é tão importante nesse ponto, o que mais me deixou triste eram os cartazes que competiam com o nosso. Para a eleição do Grêmio Estudantil 2010 um grupo de alunos anuncia: "Vote com Inteligencia, Vote bla bla bla", e sim, Inteligência sem acento. Mas o pior, é que, além disso, um dele estava escrito "Enteligência", com o E transformado (aka rabiscado) em I. PORRA!!! Não acho que tenha uma ligação direta, mas essas pessoas são as maiores vítimas da história. Dessa vez, além de criticar o fato em si, eu critico o sistema falho que tornou esses estudantes burros, e torna cada vez mais analfabetos funcionais, números. Como as pessoas vão se sentir estimuladas quando temos entre os candidatos para as próximas eleições Tiririca (Pior que ta, num fica!), mulheres fruta, pagodeiros, funkeiros e até boleiro? Meu, isso me desanima. É, acho que também vou abrir um processo, pedindo um pedaço da Lua, talvez Marte, deve ter menos gente lá.

Sempre me dizem: não deposite demasiada expectativa nas pessoas, pois só vai se machucar. Bem, eu sei que isso é verdade, mas falando em verdade, não consigo ser de plástico com as pessoas, e não ser de verdade. Bem, é confuso, mas sem dúvidas é mais doloroso. Eu acabo sempre me machucando, SEMPRE! Eu sei que Shakespeare disse no Menestrel que mesmo os amigos vão te magoar de vez em quando, mas é foda. Não sei como as pessoas conseguem, mas eu sinceramente não consigo ficar medindo meus atos, analisando tudo que vou falar, e principalmente: não consigo ter uma área de segurança e não me envolver. Por isso, justamente que eu me machuco. Eu acredito nas pessoas, eu gosto das pessoas, e eu torço de verdade por elas. Daí, eu acordo (geralmente com um tapa, ou soco) e vejo que estou sozinho, ou nem tanto.

Vivemos em uma sociedade onde os valores estão invertidos, é bonito ser malandro se dar mal na escola, do mesmo jeito que tem gente que acha melhor ser “prostituta do que lésbica”, é legal o desapego. Eu só queria ser mais indiferente.

Porque nos preocupamos tanto em comer? É, é sim um post de um gordinho revoltado. Acho engraçado como a mídia está nos condicionando e tratando um ato básico, que deveria ser prazeroso, como um pesadelo. A constatação de que eu não era o único chegou quando eu li a coluna do JR. GUZZO, Alta Ansiedade na VEJA, que traduz claramente o que eu pensava mas não conseguia organizar direito nessa confusão de pensamentos aleatórios. Ficamos tão preocupados com colesterol, triglicérides, e outras cócegas mais que acabamos perdendo o verdadeiro prazer de saborear algum alimento, e quando o fazemos sentimos culpa. Culpa por engordar, culpa por estar quebrando uma regra pré-estabelecida, culpa por não ser sarado como o povo da novela, culpa por ser normal. No final das contas, um corpo esbelto garante a felicidade? Ou somos tão fracos assim? De uma forma ou de outra, a sociedade e seus processos vão ficando cada vez mais complicado. Hunf!

Olá Pacíficos leitores do Blog. Incrivelmente continuo a ver o “tic tac” do contador apontando que mesmo quanto fico dias ou semanas sem postar, continuo tento fiéis escudeiros e apreciadores da minha realidade. E por falar em realidade, fiquei sem internet durante 2 semanas, na verdade estou ainda, porque desde que ela voltou ela caminha dos 200 kbps, até os 45, depois voltando aos 150 kbps, sem lógica alguma. Mas que graça tem as coisas que são lógicas não é? Ontem, abri uma notícia que dizia que a Dilma, vulga Dilminha, está à exatos 8 pontos na frente da Serra Elétrica da Saúde, sendo ambos observados de longe por uma evangélica de opinião indecisa e manipulada do PV. Infelizmente, meu candidato nem era citado nessa notícia, de longe o Plínio Arruda não vai nem fazer cócegas no segundo turno, como anseia Marina Silva. As propostas do Plínio são as mais incríveis de todos os candidatos, e é uma pena ele não ter tanta atenção como deveria. Mas voltando a realidade, tenho que decidir meu voto: Dilma ou Serra? Hm! Apresento-lhe caros leitores, caso ainda estejam lendo esse post político pé-no-saco, duas linhas de pensamento que venho trabalhando desde o anúncio da ex-ministra guerrilheira à presidência do Brazzeeel. É fato que no Serra eu não volo, ele fode* a educação (coitados dos professores ) , a saúde que ele tanto garante estar uma maravilha é uma porcaria (alguém ai já foi num hospital público ai?!?) . Fora as privatizações! Como se não bastassem as privatizações. O Brasil está ótimo do tamanho que está, com o governo Lula estabilizando a bagunça do FHC, deixando estatais onde estão, recuperando tempo perdido, e só deixando na mão os banqueiros que sempre lucraram com um governo de direita que só pensava na classe média. Já chega né? Bom, agora sobrou minha guerrilheira preferida. Confesso que não conhecia ver nela uma mulher inteligente o bastante para comandar o país. Mas ela quer dar continuidade ao que o Lula fez durante esses 8 anos, e que foi bastante legal: estabeleceu a auto-suficiência do país em petróleo, finalmente estabilizou a dívida externa, deu aumentos aos aposentados, deu aumentos para os salários acima da inflação, dando mais poder de compra ao povo e movimentando o mercado, é, fez alguma coisa, e ainda acusam os caras do PT de serem chavistas. Enfim, de uma forma ou de outra, acho que vou votar no Plínio no 1º turno e votar do na Dilma no segundo, mas do jeito que vão as pesquisas, é capaz que eu só tenha uma chance de votar.

O IDIOTA E A MOEDA
Arnaldo Jabor

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o
idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e
esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a
ele a escolha entre duas moedas:
uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos
para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não
havia percebido
que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu
escolher a outra,
a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda".

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.

A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de
renda.

Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma
boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente
somos.

O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um
idiota que banca o inteligente.

Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.

Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros
pensam de você.
E o que os outros pensam... é problema deles.