quem

Posted: domingo, 14 de outubro de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag:
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me diga que sou quem queres
sou eu que possuo as chaves para abrires seus sonhos
que sou eu quem, deveras, irá abrir seus potes
me diga que sou eu, apenas eu

tenho o direito de saber
se meu rosto te assombra em pesadelos
ou se sou eu quem segura sua mão quando está tudo perdido
me deixa te salvar, eu sei que posso

me deixa dominar sua forma, quero garantir
que sou eu, apenas eu
te satisfazer eternamente, sincopadamente
me deixa te levar pra conhecer todo o mundo apenas fechando os olhos

garanta-me, que sou eu
eu tenho que saber, para crer
para crer que, sou eu
e é você

distração fatal

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não me faça chorar
seja meu porto seguro
não quero fraquejar
cansei do escuro

vamos jogar as armas
e levantar bandeiras brancas
brindar a igualdade
num quarto de motel sujo e barato

isso nunca vai acabar
é irreal
comparar o incomparável
é mentir para Deus

me encontre naquele jeans velho
condenado, embriagado pelo veneno do amor
tudo atinge, tudo é falho
tudo é belo, porra

pelo menos eu queria que fosse

vírgulas & confissões

Posted: domingo, 16 de setembro de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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assim, cru
sem comprometimento
sem rimas ou vírgulas
,,,

basta, chega
quero sumir
no seu aconchego infinito,
na sua solidão

pára, sobe, desce
cresce, aparece!
chega, chega, chega
ama, de verdade

que verdade e que custo
há de me custar?
noite, penumbra
verdade, verdade, mentira

êpa!

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A primeira vista, nada pode parecer mais ilimitado do que o pensamento humano, que não apenas escapa a toda autoridade e a todo poder do homem, mas também nem sempre é reprimido dentro dos limites da natureza e da realidade. Formar monstros e juntar formas e aparências incongruentes não causam à imaginação mais embaraço do que conceber os objetos mais naturais e mais familiares. Apesar de o corpo confinar-se num só planeta, sobre o qual se arrasta com sofrimento e dificuldade, o pensamento pode transportar-nos num instante às regiões mais distantes do Universo, ou mesmo, além do Universo, para o caos indeterminado, onde se supõe que a Natureza se encontra em total confusão. Pode-se conceber o que ainda não foi visto ou ouvido, porque não há nada que esteja fora do poder do pensamento, exceto o que implica absoluta contradição.
Entretanto, embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência. Quando pensamos numa montanha de ouro, apenas unimos duas idéias compatíveis, ouro e montanha, que outrora conhecêramos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de nós mesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la à figura e forma de um cavalo, que é um animal bem conhecido. Em resumo, todos os materiais do pensamento derivam de nossas sensações externas ou internas; mas a mistura e composição deles dependem do espírito e da vontade. Ou melhor, para expressar-me em linguagem filosófica: todas as nossas idéias ou percepções mais fracas são cópias de nossas impressões ou percepções mais vivas.
Para prová-lo, espero que serão suficientes os dois argumentos seguintes. Primeiro, se analisamos nossos pensamentos ou idéias, por mais compostos ou sublimes que sejam, sempre verificamos que se reduzem a idéias tão simples como eram as cópias de sensações precedentes. Mesmo as idéias que, à primeira vista, parecem mais distantes desta origem mostram-se, sob um escrutínio minucioso, derivadas dela. A idéia de Deus, significando o Ser infinitamente inteligente, sábio e bom, nasce da reflexão sobre as operações de nosso próprio espírito, quando aumentamos indefinidamente as qualidades de bondade e de sabedoria. Podemos continuar esta investigação até a extensão que quisermos, e acharemos sempre que cada idéia que examinamos é cópia de uma impressão semelhante. Aqueles que dizem que esta afirmação não é universalmente verdadeira, nem sem exceção, têm apenas um método, e em verdade fácil, para refutá-la: mostrar uma idéia que, em sua opinião, não deriva desta fonte. Incumbir-nos-ia então, se quiséssemos preservar nossa doutrina, de mostrar a impressão ou percepção mais viva que lhe corresponde.
Segundo, se ocorre que o defeito de um órgão prive uma pessoa de uma classe de sensação, notamos que ela tem a mesma incapacidade para formar idéias correspondentes. Assim, um cego não pode ter noção das cores nem um surdo dos sons. Restaurai a um deles um dos sentidos de que carecem: ao abrirdes as portas às sensações, possibilitais também a entrada das idéias, e a pessoa não terá mais dificuldade para conceber aqueles objetos. O mesmo fenômeno ocorre quando o objeto apropriado para estimular qualquer sensação nunca foi aplicado ao órgão do sentido. Um lapão ou um negro, por exemplo, não têm nenhuma noção do sabor do vinho. Apesar de haver poucos ou nenhum caso de semelhante deficiência no espírito, em que uma pessoa nunca sentiu ou que é completamente incapaz de um sentimento ou paixão próprios de sua espécie, constatamos, todavia, que a mesma observação ocorre em menor grau. Um homem de modos brandos não pode formar uma idéia de vingança ou de crueldade obstinada, nem um coração egoísta pode conceber facilmente os ápices da amizade e da generosidade. Em verdade, admitimos que outros seres podem possuir muitos sentidos dos quais não temos noção, porque as idéias destes sentidos nunca nos foram apresentadas pela única maneira por que uma idéia pode ter acesso ao espírito, isto é, mediante o sentimento e a sensação reais.
Há, no entanto, um fenômeno contraditório que pode provar que não é absolutamente impossível que as idéias nasçam independentes de suas impressões correspondentes. Acredito que se concordaria facilmente que as várias idéias de cores diferentes que penetram pelos olhos, ou aquelas de sons conduzidas pelo ouvido, são realmente diferentes umas das outras, embora, ao mesmo tempo, parecidas. Ora, se isto é verdadeiro a respeito das diferentes cores, deve sê-lo igualmente para os diversos matizes da mesma cor; e cada matiz produz uma idéia
diversa, independente das outras. Pois, se se negasse isto, seria possível, por contínua gradação dos matizes, passar insensivelmente de uma cor a outra completamente distante de série; se vós não admitis a distinção entre os intermediários, não podeis, sem absurdo, negar a identidade dos extremos. Suponde, então, uma pessoa que gozou do uso de sua visão durante trinta anos e se tornou perfeitamente familiarizada com cores de todos os gêneros, exceto com um matiz particular do azul, por exemplo, que nunca teve a sorte de ver. Colocai todos os diferentes matizes daquela cor, exceto aquele único, defronte daquela pessoa, decrescendo gradualmente do mais escuro ao mais claro. Certamente, ela perceberá um vazio onde falta este matiz, terá o sentimento de que há uma grande distância naquele lugar, entre as cores contíguas, mais do que em qualquer outro. Ora, pergunto se lhe seria possível, através de sua imaginação, preencher este vazio e dar nascimento à idéia deste matiz particular que, todavia, seus sentidos nunca lhe forneceram? Poucos leitores, creio eu, serão de opinião que ela não pode; e isto pode servir de prova que as idéias simples nem sempre derivam das impressões correspondentes, mas esse caso tão singular é apenas digno de observação e não merece que, unicamente por ele, modifiquemos nossa máxima geral. - Ensaio Sobre o Entendimento Humano.

bem

Posted: quarta-feira, 15 de agosto de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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seu abraço me confortava, completava
não precisava de mais nada, nada
então teu corpo se esvai
o peso da carne se torna mais leve

me encontro, no escuro, abraçado a mim mesmo
não havia ninguém
acordado, suor, breu, silêncio
silêncio, silêncio, silêncio...

silêncio

Posted: quinta-feira, 2 de agosto de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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Ah, querido silêncio

nobre companheiro nas madrugadas escuras,
fonte de inspiração, ouvinte das minhas angustias,
única testemunha das minhas lágrimas...
por onde tu andas, caro amigo?

Quem dera tivesse mais tempo contigo
mas o tempo, meu outro amigo,
anda sendo exigente com minha alma,
quem dera pudesse compartilhar
tempo e... silêncio?

Talvez na morte encontrarei
esse tão buscado equilíbrio: tempo, silêncio, paz..
Quem sabe? Eu, não sei
Um dia saberei?

ó vento

Posted: domingo, 15 de julho de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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agarrado aos sonhos da ânsia pela carne,
brevemente um respiro, uma saudade,
o lençol branco pra jamais tocar
memória venenosa, inesquecível

agora num quarto escuro invejo
quaisquer luzes que tenham a ti acesso
pra abdicar de todos meus sonhos e entregar
o que a criação condena

e pedir, delicadamente, mais tempo
tempo pra refletir, pensar, agir
pra adiar o inevitável, ó vento!
és dono dessa alma chorosa, por quanto tempo?

A GARÇA

Posted: sábado, 16 de junho de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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"Eu sou como a garça triste
"Que mora à beira do rio,
"As orvalhadas da noite
"Me fazem tremer de frio.

"Me fazem tremer de frio
"Como os juncos da lagoa;
"Feliz da araponga errante
"Que é livre, que livre voa.

"Que é livre, que livre voa
"Para as bandas do seu ninho,
"E nas braúnas à tarde
"Canta longe do caminho.

"Canta longe do caminho.
"Por onde o vaqueiro trilha,
"Se quer descansar as asas
"Tem a palmeira, a baunilha.

"Tem a palmeira, a baunilha,
"Tem o brejo, a lavadeira,
"Tem as campinas, as flores,
"Tem a relva, a trepadeira,

"Tem a relva, a trepadeira,
"Todas têm os seus amores,
"Eu não tenho mãe nem filhos,
"Nem irmão, nem lar, nem flores".

A cantiga cessou. . . Vinha da estrada
A trote largo, linda cavalhada
De estranho viajor,
Na porta da fazenda eles paravam,
Das mulas boleadas apeavam
E batiam na porta do senhor.

Figuras pelo sol tisnadas, lúbricas,
Sorrisos sensuais, sinistro olhar,
Os bigodes retorcidos,
O cigarro a fumegar,
O rebenque prateado
Do pulso dependurado,
Largas chilenas luzidas,
Que vão tinindo no chão,
E as garruchas embebidas
No bordado cinturão.

A porta da fazenda foi aberta;
Entraram no salão.

Por que tremes mulher? A noite é calma,
Um bulício remoto agita a palma
Do vasto coqueiral.
Tem pérolas o rio, a noite lumes,
A mata sombras, o sertão perfumes,
Murmúrio o bananal.

Por que tremes, mulher? Que estranho crime,
Que remorso cruel assim te oprime
E te curva a cerviz?
O que nas dobras do vestido ocultas?
É um roubo talvez que aí sepultas?
É seu filho ... Infeliz! ...

Ser mãe é um crime, ter um filho - roubo!
Amá-lo uma loucura! Alma de lodo,
Para ti - não há luz.
Tens a noite no corpo, a noite na alma,
Pedra que a humanidade pisa calma,
— Cristo que verga à cruz!


- Castro Alves

FELICITAS

Posted: domingo, 15 de janeiro de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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Felicidade


"Um homem feliz não escreve romance" - Carlos Heitor Cony

Estarei deixando de ser feliz,
para escrever poemas?
Para escrever poemas,
serei infeliz como antes, circunstancialmente.
Serei infeliz como um dia ou outro, outrora.
Serei infeliz como verdadeiramente os infelizes.

Serei tão infeliz quanto
o mais possível infeliz.
Então,
escreverei um tanto de poesia
e morrerei.

Estarei, enfim, deixando de escrever poemas
para ser feliz.

José Osterno Campos de Araújo

TOP 20 FILMES

Posted: domingo, 8 de janeiro de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
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Fazer listas é um vício, né? Nos coloca numa posição confortável onde podemos escolher (soberanos) os melhores e os piores. Doismileonze além de ter sido um ano muito musical pra mim, também aproveitei outras artes igualmente apaixonantes, como o cinema. E no meio de tanta coisa boa (?) resolvi listar o que mais me chamou atenção nos lançamentos desse último ano. Tenho certeza que muita coisa boa está ausente nessa lista, mas como tive um ano bastante agitado tento recuperar o tempo perdido em 2012, fechado? Para quem (se) importa, espero
que gostem :)

1 - MELANCHOLIA

2 - JANE EYRE


3 - THE TURIN HORSE


4 - LA PIEL QUE HABITO



5 - MIDNIGHT IN PARIS


6 - BEGINNERS


7 - ALBERT NOBBS


8 - HANNA


9 - THE TREE OF LIFE


10 - PIRATES OF THE CARIBBEAN: ON STRANGER TIDES


11 - X-MAN: FIRST CLASS


12 - 50/50


13 - DRIVE


14 - SUCKER PUNCH


15 - HARRY POTTER AND THE DEATHLY HALLOWS PART 2


16 - RANGO


17 - MARTHA MARCY MAY MARLENE

18 - CONTAGION


19 - RISE OF THE PLANET OF THE APES


20 - SLEEPING BEAUTY


That's all, folks! Sim, muita coisa ficou de fora, como as fantásticas animações "Rio" e "Kung Fu Panda 2", o divertido "Friends With Benefits" e o politicamente incorreto "Bad Teacher", mas como pra ter graça devem ser vinte títulos...