ó vento

Posted: domingo, 15 de julho de 2012 by André Luiz Foganholi in Tag: ,
0


agarrado aos sonhos da ânsia pela carne,
brevemente um respiro, uma saudade,
o lençol branco pra jamais tocar
memória venenosa, inesquecível

agora num quarto escuro invejo
quaisquer luzes que tenham a ti acesso
pra abdicar de todos meus sonhos e entregar
o que a criação condena

e pedir, delicadamente, mais tempo
tempo pra refletir, pensar, agir
pra adiar o inevitável, ó vento!
és dono dessa alma chorosa, por quanto tempo?