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agarrado aos sonhos da ânsia pela carne,
brevemente um
respiro, uma saudade,
o lençol branco pra jamais
tocar
memória venenosa,
inesquecível
agora num quarto
escuro invejo
quaisquer luzes
que tenham a ti acesso
pra abdicar de
todos meus sonhos e entregar
o que a criação condena
e pedir,
delicadamente, mais tempo
tempo pra
refletir, pensar, agir
pra adiar o
inevitável, ó vento!
és dono dessa alma
chorosa, por quanto tempo?